quinta-feira, 6 de junho de 2013

Jogar, jogar e jogar.



Desde quando me conheço por gente, sempre adorei jogos. Desde os de computadores aos de celular. Jogos de estratégia, ação, corrida... Tanto faz; poderia ser fácil, médio ou até difícil; eu estava jogando.

Não faz muitos dias que meu amigo me chamou desesperadamente para irmos a um cyber; por que estava sem internet em casa. Com uma “sede” de jogar ele diz:

- Cara, preciso muito jogar!

Observando ele, me lembrei da minha fase em que eu estava em um vicio nível 100. Lá pelos 10 anos, conheci um dos, ou o melhor jogo que já joguei, o magnifico Perfect World. O jogo que então investir 3 anos, jogando freneticamente. Fiz muitos amigos e até encontrei uma namorada; mas hoje isso tudo virou passado, mas que deixa saudades, deixa... Um passado em que saia correndo da escola para chegar cedo em casa e jogar, ou deixar de lanchar na escola e guarda o dinheiro para então “donatar”; ou até chorar por perder um item valioso por causa da internet lenta. Todos os acontecimentos agora e motivo de risada, mas naquele tempo era sério.

Tudo isso foi perdido por causa de um vírus “grotesco”, mas hoje já não me importo muito, pois agora tenho outras coisas para jogar, jogar e jogar, as partidas de futebol.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Nossa sagrada pelada

Joelho ralado, dedo cortado, tudo isso é sinônimo de ‘’futebol no quintal do amigo’’.
Além de ser a maior bagunça, nunca dá certo. Ou acaba em briga, ou a bola acaba indo para a casa da vizinha chata. Apesar de tudo isso, sempre repetimos a história, e jogar futebol com os amigos é indispensável na semana.
Logo de manhã, em um dia calmo e sereno, nós nos encontramos e fomos bater uma bolinha. Estava tudo bem, até ouvirmos aquele barulho decepcionante: ‘’chuuuuuuu’’, a chuva além de molhar tudo, levava também nossos planos de uma incrível pelada naquele dia.
Marcamos outro dia para jogar. Até que chegou a tão esperada tarde e fomos para o nosso ‘’campo’’. Começamos com uns chutes ao gol, e ficamos ali, esperando todos chegarem.
Até que depois de um tempinho, todos chegaram e a alegria começou…
Matheus deu um “carrinho” no Lucas (seu irmão), e começaram a brigar como estivessem em uma verdadeira guerra. Fingimos ignorar, até que a coisa foi aumentando e ficava quase impossível jogar com aquela briga inacabável. Até que depois de um incansável grito do goleiro, os irmãos resolveram descontar sua raiva literalmente na bola.
Estávamos ganhando, até que Lucas, para impressionar o irmão resolve fazer um gol de longe, algo quase impossível. Avisamos que não iria dar certo, mas muito teimoso ele arrisca. A bola não vai para o gol, bate no travessão e por impulso acaba caindo no quintal da velha rabugenta.
Todos muito furiosos com Lucas, resolvem tentar recuperar a tal bola, mesmo achando muito difícil. Não tinha ninguém em casa, apenas um grande cachorro, que por sinal era muito bravo. Ficamos esperando pra ver se ela chegava, mas não tivemos resultado. Infelizmente a pelada teve que ser encerrada.
Domingo terá de novo, aquela ralação de joelho, cortes nos dedos, pernas doloridas… Passaremos raivas, alegrias, tudo novamente. Sentindo de perto o amor que temos por aquelas simples peladas que fazem a adrenalina correr em nossas veias e eletrizar nossos corações.

Aperfeiçoamento da

Futebol na casa de amigo

quinta-feira, 21 de março de 2013

Curtindo a brisa



Sentado num banco qualquer do lago da cidade, feliz e com o dia ganho, pois ter cinco aulas vagas não é qualquer dia que se encontra; apesar de ter apenas uma aula, e esse única aula ser de uma professora chata, vale apena, porque uma notícia dessas faz qualquer professora chata ser um pouquinho legal, pois tu sabes que ira embora depois. E pra ficar melhor ainda, ao lado da escola tem o lago da cidade.

Eu e o Danilo saímos muito felizes, e fomos à conquista do banco, não lutamos tanto, pois era apenas a nossa sala que foi dispensada, então não tinha muita gente para as disputas dos bancos; (quem chegar primeiro conquista o banco). Como ainda estava de manhã, e tinha chovido a noite toda, ainda estava um friozinho; então ficamos lá curtindo os ventos frios e as brisas que eram constantes.
Observando as pessoas, um lado era as meninas dançando, e do outro uns moleques “abestados” querendo chamar atenção das meninas, sendo idiotas; mas com a brisa batendo, nem se importávamos, mas quando de repente, lá na ponta da estrada, vem ele, andando todo no estilo caubói, o “finado” Michael, ele nos avista e com seu bordão fala:

- “DIAANGA”. 

Um bordão usado por poucos. As horas passando, a brisa ainda batendo, e nós lá, conversando, e o Michael vai embora, então passa um amigo dele e fala pra ele subi na carroceria, mas como o carro estava sendo puxando por outro, ele não poderia para, e ele foi correndo, tentou pular e não conseguiu, quase caiu, mas com seu extinto de caubói, não desistiu, ele então conseguiu subir no carro, e um ralado ele conseguiu também.

Olhamos no relógio e vimos que era quase 11 horas, ficamos espantados, pois ficamos sentados mais de 3 horas, nem percebemos, pois aquela brisa estava boa de mais pra se preocupar ir pra casa. Esperamos o dar às 11 horas e esperamos o Elison e o Gustavo, pra comer aquele pão-de-queijo, mas infelizmente ninguém tinha dinheiro. Mas isso não nos desanimou, pois pão-de-queijo tem todos os dias.

quarta-feira, 13 de março de 2013

Textos que me inspiram (4)

Um caso de burro
Machado de Assis

Quinta-feira à tarde, pouco mais de três horas, vi uma coisa tão interessante, que determinei logo de começar por ela esta crônica. Agora, porém, no momento de pegar na pena, receio achar no leitor menor gosto que eu para um espetáculo, que lhe parecerá vulgar, e porventura torpe. Releve a importância; os gostos não são iguais.

Entre a grade do jardim da Praça Quinze de Novembro e o lugar onde era o antigo passadiço, ao pé dos trilhos de bondes, estava um burro deitado. O lugar não era próprio para remanso de burros, donde concluí que não estaria deitado, mas caído. Instantes depois, vimos (eu ia com um amigo), vimos o burro levantar a cabeça e meio corpo. Os ossos furavam-lhe a pele, os olhos meio mortos fechavam-se de quando em quando. O infeliz cabeceava, mais tão frouxamente que parecia estar próximo do fim.

Diante do animal havia algum capim espalhado e uma lata com água. Logo, não foi abandonado inteiramente; alguma piedade houve no dono ou quem quer que é que o deixou na praça, com essa última refeição à vista. Não foi pequena ação. Se o autor dela é homem que leia crônicas, e acaso ler esta, receba daqui um aperto de mão. O burro não comeu do capim, nem bebeu da água; estava já para outros capins e outras águas, em campos mais largos e eternos.
Meia dúzia de curiosos tinham parado ao pé do animal. Um deles, menino de dez anos, empunhava uma vara, e se não sentia o desejo de dar com ela na anca do burro para esperta-lo, então eu não sei conhecer meninos, porque ele não estava do lado do pescoço, mas justamente do lado da anca. Diga-se a verdade; não o fez - ao menos enquanto ali estive, que foram poucos minutos. Esses poucos minutos, porém, valeram por uma hora ou duas. Se há justiça na Terra valerão por um século, tal foi a descoberta que me pareceu fazer, e aqui deixo recomendada aos estudiosos.

O que me pareceu, é que o burro fazia exame de consciência. Indiferente aos curiosos, como ao capim e à água, tinha no olhar a expressão dos meditativos. Era um trabalho interior e profundo. Este remoque popular: por pensar morreu um burro mostra que o fenômeno foi mau entendido dos que a princípio o viram; o pensamento não é a causa da morte, a morte é que o torna necessário. Quanto à matéria do pensamento, não há dúvidas que é o exame da consciência. Agora, qual foi o exame da consciência daquele burro, é o que presumo ter lido no escasso tempo que ali gastei. Sou outro Champollion, porventura maior; não decifrei palavras escritas, mas idéias íntimas de criatura que não podia exprimi-las verbalmente.

E diria o burro consigo:
“Por mais que vasculhe a consciência , não acho pecado que mereça remorso. Não furtei, não menti, não matei, não caluniei, não ofendi nenhuma pessoa. Em toda a minha vida, se dei três coices, foi o mais, isso mesmo antes haver aprendido maneiras de cidade e de saber o destino do verdadeiro burro, que é apanhar e calar. Quando ao zurro, usei dele como linguagem. Ultimamente é que percebi que me não entendiam, e continuei a zurrar por ser costume velho, não com idéia de agravar ninguém. Nunca dei com homem no chão. Quando passei do tílburi ao bonde, houve algumas vezes homem moto ou pisado na rua, mas a prova de que a culpa não era minha, é que nunca segui o cocheiro na fuga; deixava-me estar aguardando autoridade.”

“Passando à ordem mais elevada de ações, não acho em mim a menor lembrança de haver pensado sequer na perturbação da paz pública. Além de ser a minha índole contrária a arruaças, a própria reflexão me diz que, não havendo nenhuma revolução declarado os direitos do burro, tais direito não existem. Nenhum golpe de estado foi dado em favor dele; nenhuma coroa os obrigou. Monarquia democracia, oligarquia, nenhuma forma de governo, teve em conta os interesses da minha espécie. Qualquer que seja o regímen, ronca o pau. O pau é a minha instituição um pouco temperada pela teima que é, em resumo, o meu único defeito. Quando não teimava, mordia o freio dando assim um bonito exemplo de submissão e conformidade. Nunca perguntei por sóis nem chuvas; bastava sentir o freguês no tílburi ou o apito do bonde, para sair logo. Até aqui os males que não fiz; vejamos os bens que pratiquei.”
“A mais de uma aventura amorosa terei servido, levando depressa o tílburi e o namorado à casa da namorada - ou simplesmente empacando em lugar onde o moço que ia no bonde podia mirar a moça que estava na janela. Não poucos devedores terei conduzido para longe de um credor importuno. Ensinei filosofia a muita gente, esta filosofia que consiste na gravidade do porte e na quietação dos sentidos. Quando algum homem, desses que chamam patuscos, queria fazer rir os amigos, fui sempre em auxílio deles, deixando que me dessem tapas e punhadas na cara. Em fim...”

Não percebi o resto, e fui andando, não menos alvoroçado que pesaroso. Contente da descoberta, não podia furtar-me à tristeza de ver que um burro tão bom pensador ia morrer. A consideração, porém, de que todos os burros devem ter os mesmos dotes principais, fez-me ver que os que ficavam, não seriam menos exemplares do que esse. Por que se não investigará mais profundamente o moral do burro? Da abelha já se escreveu que é superior ao homem, e da formiga também, coletivamente falando, isto é, que as suas instituições políticas são superiores às nossas, mais racionais. Por que não sucederá o mesmo ao burro, que é maior?

Sexta-feira, passando pela Praça Quinze de Novembro, achei o animal já morto.

Dois meninos, parados, contemplavam o cadáver, espetáculo repugnante; mas a infância, como a ciência, é curiosa sem asco. De tarde já não havia cadáver nem nada. Assim passam os trabalhos deste mundo. Sem exagerar o mérito do finado, força é dizer que, se ele não inventou a pólvora, também não inventou a dinamite. Já é alguma coisa neste final de século.

sábado, 23 de fevereiro de 2013

1 Mês de Blog :)

Hoje completa 1 mês do Blog.
Obrigado a todos ! E espero completar 1 ano , até muitos anos.
Que esse seja apenas o começo de tantos meses pela frente !

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Um dos textos que me inspiram ³

A útima crônica

A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao balcão. Na realidade estou adiando o momento de escrever. A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais um ano nesta busca do pitoresco ou do irrisório no cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da convivência, que a faz mais digna de ser vivida. Visava ao circunstancial, ao episódico. Nesta perseguição do acidental, quer num flagrante de esquina, quer nas palavras de uma criança ou num acidente doméstico, torno-me simples espectador e perco a noção do essencial. Sem mais nada para contar, curvo a cabeça e tomo meu café, enquanto o verso do poeta se repete na lembrança: "assim eu quereria o meu último poema". Não sou poeta e estou sem assunto. Lanço então um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem uma crônica.

Ao fundo do botequim um casal de pretos acaba de sentar-se, numa das últimas mesas de mármore ao longo da parede de espelhos. A compostura da humildade, na contenção de gestos e palavras, deixa-se acrescentar pela presença de uma negrinha de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido pobre, que se instalou também à mesa: mal ousa balançar as perninhas curtas ou correr os olhos grandes de curiosidade ao redor. Três seres esquivos que compõem em torno à mesa a instituição tradicional da família, célula da sociedade. Vejo, porém, que se preparam para algo mais que matar a fome.

Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso, aborda o garçom, inclinando-se para trás na cadeira, e aponta no balcão um pedaço de bolo sob a redoma. A mãe limita-se a ficar olhando imóvel, vagamente ansiosa, como se aguardasse a aprovação do garçom. Este ouve, concentrado, o pedido do homem e depois se afasta para atendê-lo. A mulher suspira, olhando para os lados, a reassegurar-se da naturalidade de sua presença ali. A meu lado o garçom encaminha a ordem do freguês.

O homem atrás do balcão apanha a porção do bolo com a mão, larga-o no pratinho - um bolo simples, amarelo-escuro, apenas uma pequena fatia triangular. A negrinha, contida na sua expectativa, olha a garrafa de Coca-Cola e o pratinho que o garçom deixou à sua frente. Por que não começa a comer? Vejo que os três, pai, mãe e filha, obedecem em torno à mesa um discreto ritual. A mãe remexe na bolsa de plástico preto e brilhante, retira qualquer coisa. O pai se mune de uma caixa de fósforos, e espera. A filha aguarda também, atenta como um animalzinho. Ninguém mais os observa além de mim.

São três velinhas brancas, minúsculas, que a mãe espeta caprichosamente na fatia do bolo. E enquanto ela serve a Coca-Cola, o pai risca o fósforo e acende as velas. Como a um gesto ensaiado, a menininha repousa o queixo no mármore e sopra com força, apagando as chamas. Imediatamente põe-se a bater palmas, muito compenetrada, cantando num balbucio, a que os pais se juntam, discretos: "Parabéns pra você, parabéns pra você..." Depois a mãe recolhe as velas, torna a guardá-las na bolsa. A negrinha agarra finalmente o bolo com as duas mãos sôfregas e põe-se a comê-lo. A mulher está olhando para ela com ternura - ajeita-lhe a fitinha no cabelo crespo, limpa o farelo de bolo que lhe cai ao colo. O pai corre os olhos pelo botequim, satisfeito, como a se convencer intimamente do sucesso da celebração. Dá comigo de súbito, a observá-lo, nossos olhos se encontram, ele se perturba, constrangido - vacila, ameaça abaixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar e enfim se abre num sorriso.

Assim eu quereria minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso."

Fernando Sabino

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Vamos de ônibus ou não?

Ir pra escola andando de manhã é fácil, tirando a parte de que você tem que acordar cedo e levantar da cama que parece que te puxa, o resto é bem fácil, você vai “só de boa”, no friozinho, andando parecendo um zumbi, e se encontra amigos indo fica melhor ainda, o caminho fica até mais perto...

Agora a volta que é crucial, aquele caminho que parecia tão curto e relaxante, fica quente, longo, e parece que nunca vai chegar sua casa, fica agoniado com aquele sol escaldante do meio-dia na sua cabeça. Então surge a pergunta: Vamos de ônibus ou não?

Se muitos moleques forem andando, até que nós vamos, mas se for eu, o Maykel e o Victor, fica ruim, e ainda temos que ter a sorte de pegar o ônibus do Seu Cafu vazio, é porque ela ainda passa na outra escola, e enche demais. Foi oque aconteceu hoje, estava muito cheio e então resolvemos ir andando, e até que num estava com sol, estava meio que querendo chover, e ainda batia uns ventos friozinhos.

Ás vezes temos até medo de ir no ônibus, pois tivemos um amigo ( não sabíamos o nome dele e chamávamos ele de “moleque”) ele, não sei como, mas ele consegui-o quebrar o braço no ônibus, e as vezes nos perguntamos será que pode acontecer com nós? Isso contribui pra irmos andando, até agora num aconteceu nada de anormal, mas é melhor prevenir de que remediar (palavras da minha mãe!). Em dias de muito sol ou de chuva, o jeito será de ir no ônibus, lotado ou não, teremos que lutar pelo lugar. Apesar de que ir de ônibus é legal (quando ele está vazio), tu vai sentado e relaxado, conversando e esperando sua parada.

Ainda está no inicio das aulas, teremos muito tempo pra parar e pensar se vamos de ônibus ou não, ou se vamos aquela “cambada” de moleque indo pra suas casas. Uns arrumam carona, a mãe vem buscar e alguns vão até sozinho no ônibus.

Mas essa questão que ficara até o final do ano: Vamos de ônibus ou não?